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jorgehenrique

jorgehenrique
Fórum Colaboradores
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Coloque sua web rádio no ar
Sem necessidade de autorização, concessão, faixa de freqüência, qualquer um pode criar uma emissora na internet.
Para criar uma web rádio, você não precisa de concessão pública — nem de disputar um vaga no dial. Pela facilidade de criação, as web rádios podem se tornar um espaço preferencial para projetos de comunicação independentes, sejam comunitários, educacionais, de entidades de classe ou do terceiro setor. Mas montar a grade de programação requer empenho. Por falta de informação, muitos projetos, ainda que bem-intencionados, acabam não vingando. O maior engano é simplesmente transpor a linguagem do rádio convencional para a internet.


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“Pense bem — você acompanharia um programa inteiro para ouvir um único quadro que lhe interessa, num meio no qual isso poderia ser feito num clique?”, provoca o professor Angelo Piovesan, professor do Departamento de Cinema, Rádio e TV, da Escola de Comunicação e Arte, da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Então, que fique registrado: web rádios precisam ter menus detalhados da programação, para que o usuário consiga encontrar o que quer rapidamente. “É preciso respeitar a natureza da internet.” O ideal, orienta o professor, é compreender bem as características da rede e do rádio e ter sensibilidade para perceber de que forma elas podem ser combinadas. Por exemplo: uma característica comum entre os dois meios é a forte inclinação à participação do público. Numa web rádio, essa possibilidade merece, portanto, uma atenção especial. O ouvinte-usuário pode participar opinando por e-mail ou gravação de voz — além de contribuir com conteúdo.

Angelo, que trabalha também como consultor de radialismo na internet, está desenvolvendo um projeto de web rádio para o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (SindPD), que reúne cerca de 20 mil associados. Ele explica que, por mais que uma web rádio possa alcançar, em tese, o mundo todo, é essencial definir um público-alvo na hora de elaborar a programação. É preciso lembrar que a internet, desde os primórdios, demonstra grande competência para a segmentação. No caso do SindPD, ele leva em conta o alto nível de familiarização dos associados com o computador e a internet. Por isso, nesse caso, em especial, os recursos disponíveis de localização de arquivos e navegação devem ser explorados ao máximo. Na grade, vão constar programas musicais, sobre saúde e, claro, tecnologia.

A consultoria de um profissional especializado, contudo, parece ainda ser exceção. O comunicador alagoano José Ademir não tem formação na área, mas usou sua experiência de quatro anos na FM para tocar o projeto da WebRadio Maceió, na rede há um ano. A ‘emissora’, especializada em música regional, não tem exatamente programas, mas um acervo de músicas com suas vinhetas, que podem ser localizadas na web rádio pelo estilo, artista ou popularidade (número de execuções). É possível ouvir 20 horas de música sem parar, em ordem alfabética, aleatória ou pré-selecionada. “Funciona dinamicamente — o internauta escolhe o que e o quanto quer ouvir”, diz.

A WebRadio Maceió integra o site Bairros de Maceió, sobre a história e a cultura da cidade, criado e mantido há três anos por José Ademir. Com recursos próprios, ele contratou uma empresa paulistana para desenvolver o projeto. O site da rádio foi construído em linguagem PHP e as músicas ficam disponíveis em MP3. Com um voto diário por IP (o endereço que identifica a máquina que está acessando o site), os ouvintes definem um ranking das “Top 20” da programação. De Maceió, José Ademir monitora a qualidade do som com a ajuda de um home theater. O contrato com o servidor de stream, em São Paulo, garante o serviço para um número ilimitado de ouvintes. “Recebo muitos e-mails, elogiando o rádio e sugerindo músicas. Como a web vai muito além das ondas FM, têm chegado mensagens de países como EUA e Portugal.”


Inclusão digital

O potencial de alcance das web rádios é, de fato, um de seus pontos mais fortes, mas essas emissoras ainda podem ser inaudíveis na própria localidade de origem, porque dependem diretamente da inclusão digital. Em especial, quando se trata de um projeto comunitário e/ou educativo. Rogério Nunes dos Santos, coordenador administrativo da Estação Juventude de Carapicuíba, ligada ao ProJovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), cogitou criar uma web rádio para desenvolver atividades de comunicação com os adolescentes atendidos pelo programa. Mas desistiu.

“Descartei a idéia antes mesmo de apresentá-la à minha equipe”, diz. Isso, porque os jovens atendidos, com idade entre 18 e 24 anos e ensino fundamental não concluído, vêm de famílias de baixa renda — e dificilmente têm acesso a um computador com internet. “Carapicuíba tem a segunda menor renda per capita da Grande São Paulo.” Por isso, em vez da rádio online, o coordenador optou por desenvolver um programa semanal para ser veiculado por uma rádio local, o que deve acontecer em breve.

Na cidade de Estância, em Sergipe, o professor Adilson da Conceição decidiu aproveitar o laboratório de informática da Escola Municipal João Nascimento Filho para criar uma web rádio com fins pedagógicos. O colégio conta com computadores do ProInfo (Programa Nacional de Informática na Educação) desde 2002. O projeto foi aprovado pela direção, para que a emissora online seja hospedada no site da escola, com programas criados por alunos e professores das diferentes disciplinas. “A primeira reação dos alunos foi de espanto — ‘uma rádio?!’, ‘como?’”, lembra. Explicada a viabilidade técnica e a proposta pedagógica, “a empolgação foi total”.

Adilson solicitou apoio técnico e pedagógico à Divisão de Tecnologia e Ensino (Dite), responsável por tecnologias educacionais em Sergipe, e foi atendido. “Não basta ter uma rádio — é preciso saber o que se quer dela.” E todos os professores da Nascimento Filho foram capacitados para conhecer as aplicações pedagógicas do rádio na escola e gravar programas. Os estudantes participam da concepção e da produção, “de forma lúdica e pedagógica”. Na programação, diz o professor, “brincadeiras, curiosidades, música, debates, entrevistas, além da divulgação de trabalhos da escola e de eventos socioculturais da comunidade.” O professor Adilson da Conceição procura um patrocinador. Enquanto não encontra, paga sozinho as despesas da web rádio, como já faz com o site da escola.


Como, para quem e com quem.

• É importante determinar o público-alvo da web rádio, antes de criar a programação. E, também, a(s) finalidade(s) da emissora: educação, preservação histórico-cultural, entretenimento, informação e/ou articulação social, entre outras.

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• Sempre que possível, procure ajuda técnica e teórica. Parceiros podem colaborar com o enriquecimento do conteúdo e o aprimoramento do serviço. Consulte as universidades e secretarias de Educação e Cultura da sua cidade.

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• Ao construir o site, siga as normas (Rule Interchange Format) da World Wide Web (www.w3.org). Assim, seu conteúdo poderá ser acessado pelos diferentes sistemas operacionais.

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• Capriche no menu da programação. Faça breves sinopses do conteúdo – com links, para que o ouvinte/usuário consiga encontrar rapidamente o que deseja.

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• A programação musical deve oferecer opções variadas de acesso: artista, música, gênero etc.

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• Ofereça opções de interatividade. O rádio e a internet são meios em que a participação do público é característica consagrada. Além de espaços para opinião e correspondência, o ideal é que o ouvinte participe também com conteúdo.

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• Procure não vincular seu conteúdo a um programa de execução específico, principalmente se ele for proprietário, como o Windows Media Player. O indicado é que o sistema pergunte ao usuário de que forma ele quer ouvir o arquivo em questão, idealmente em programas livres, como Kaffeine, VLC Media Player, KPlayer e Sipie.

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• Ao contratar um serviço de stream, prefira planos com número de ouvintes ilimitado. E, no seu computador, um home theater pode ajudá-lo a monitorar a qualidade do som. Streaming é a tecnologia de envio/publicação de tecnologia multimídia pela internet, por meio de um serviço pago de provedor (veja o quadro). Custa a partir de R$ 40, de acordo com a quantidade máxima de acessos simultâneos estabelecido em contrato (cem usuários, 500, 1.000, ilimitado).

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• Cadastre a sua emissora em catálogos da internet, como o Rádios ao Vivo (www.radios.com.br). Há opções de divulgação gratuitas e pagas.

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Fontes: Angelo Piovesan, da USP; José Ademir, da WebRadio Maceió; Humberto Oliveira Pinto, da ResideWeb; e Ricardo Oliveira, webmaster de ARede.

Box 2
Provedores de stream

www.gigahost.com.br — Gigahost
www.portalradios.com.br — Portal Rádios
www.evolution.inf.br/streaming.php — Evolution
www.streamhost.com.br — StreamHost
www.locaweb.com.br – LocaWeb
www.upx.com.br/streaming.php — UPX Streaming
www.brturbo.com — Brasil Telecom
www.directradios.com.br — Direct Radios

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Streaming





www.eca.usp.br
www.bairrosdemaceio.net
www.sindpd.org.br
www.projovem.gov.br
www.escolajnf.org.br
www.superdownloads.com.br — Para baixar programas livres de execução de rádio
www.softpedia.com — Para baixar programas livres de execução de rádio

http://www.negrosdobrasil.com.br
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